quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Meu Amado Desconhecido


Tentava cochilar quando ouvi um uivo,
Um assustador uivo, que me causou arrepio
Por toda espinha dorsal...
Tentei novamente dormir, mas não conseguia.
O calor daquela noite estava de matar, não estava
Agüentando mais ficar ali, queria voltar pra minha casa,
Mas meus avos haviam pedido tanto para
Passar as férias com eles...
Enfim os uivos permaneciam incessantemente,
Arrisquei-me, e abri a janela
Não vi nada de diferente a não ser os galhos
Que caiam por cima da casa...
Fui ate a sala, mas antes me certifiquei que meus
Avos dormiam, e sai. A lua estava linda e
Somente ela iluminava aquele sitiozinho e
A mata que o arrodeava...
Mas e os uivos que não paravam...
Tinha medo, mas alguma coisa me atraia.
De longe avistei o lago onde costumava me refrescar,
Segui em sua direção, mas algo me impediu de seguir.
Uma mão forte segurando meu punho!
Gritei, mas meu grito foi calado pela mesma
Mão que me impedira de andar.
Uma voz penetrante disse:
- Não vou te fazer mal, confie em mim!
Não conhecia aquela voz, mas curiosamente atendi a
Seu pedido, e confiei!
Ele agora segurava minha mão docemente.
Andamos até a margem do lago,
Não sabia pra onde estava indo, mas ia
Sem fazer nenhum esforço para não ir
Na margem do lago havia um barco
Subimos nele e fomos ate a outra margem
Lá chegando, andamos mais um pouco, não muito
Deparei-me com um bosque onde havia
Belas árvores
Que criavam uma espécie de muralha
Em torno da fonte natural.
O lugar era muito belo
E a lua contribuía muito para isso
Pois causava raios luminosos naquela água cristalina.
Sentamos na grama e aquela mão de repente
Passou a acariciar minhas pernas
Acariciando-a como nunca haviam
Sido em toda minha vida.
Não ezitei em nenhum momento
Pois jamais tivera sensação tão sublime como aquela.
Levantou meu vestido e tocou meu sexo
Não conseguia conter o liquido que me molhava
As pernas. Seus lábios tocavam meus seios,
Com os dentes mordia levemente,
O bico dos meus seios, durinhos e jovens.
Senti meu corpo tremer junto com o dele
Estávamos extasiados de tanto prazer,
Entregues ao prazer que o outro
Proporcionara-lhe...
Senti seu orgasmo misturado com o meu,
Entres gemidos de prazer...
Depois de tudo perguntei quem ele era,
Porem, ele nada me respondeu.
Pegou minha cabeça e a apoiou no seu ombro
Adormeci.
Acordei ao sentir uma caricia feita em meu rosto
O beijei, e vi o quanto ele era lindo.
Simplesmente, perfeito!
Reparei ao redor...
Estava em um quarto, iluminado por um belíssimo
Lustre...
Na cama uma coberta da mais fina estampa,
A casa mais parecia um palácio
Acabei adormecendo novamente
Parece que havia me acordado apenas
Para que eu pudesse contemplar tamanha beleza...
- Acorda meu anjo! Já esta tarde!
A voz angelical de minha avó me chamava.
Mas onde esta meu amado desconhecido, meu príncipe?
Meus avos me esperavam a mesa para o café da manha.
Ao sentar-me para o café,
Logo os perguntei, se conheciam o
Jovem bonito que morava na outra
Margem do lago...
Os dois olharam para mim espantados,
Perguntaram o porquê de minha pergunta.
Fui clara e contei-lhes o que havia acontecido...
Eles pareciam não acreditar no que ouviam.
Mal terminamos de tomar café, meu avô pegou
Uma lancha que havia no sitio, quase nunca usada
E fomos para a outra margem do lago.
Eles queriam que eu os mostrasse o lugar
Que estive na noite passada.
Ainda lembrava bem o caminho,
Apesar da pouca luz que havia na noite passada...
Os guiei ate o bosque onde passei o melhor
Momento da minha vida, também com um fundo
De esperança em reencontrar aquele
Homem que me fez mulher.
Assustei-me ao ver que o lindo bosque de outrora
Havia sumido e só havia agora
Árvores velhas e secas
E uma fonte de onde nada saia...
Não, não podia ter sido sonho, me recusava a acreditar
- Vamos ate a casa... Mas não sabia o caminho.
Meu avô sugeriu irmos numa velha casa
Abandonada que existia ali próximo...
Não contive as lagrimas ao chegar e ver que
Aquela casa era meu antigo palácio.
Entramos.
Muitas teias de aranha, o pó, o tempo
Haviam acabado com aquele magnífico império...
Subi umas escadas, e logo avistei um quarto
Com uma porta entre aberta...
Entrei, e rios de lagrimas correram sobre minha face
Ali estava a cama
Onde há algumas horas apenas
Havia sido meu ninho de amor..
Ao lado da cama um criado mudo, em cima, uma foto
Envelhecida pelo tempo...
- ele era um bom rapaz, o conheci ainda menino
Mas morreu tão jovem. Ninguém soube dizer o porquê.
Dizia minha avó.
Minhas lagrimas eram incessantes...
Era ele...
Era o meu amado desconhecido.


By: Mylla Gothic

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